A razão para o inevitável aumento da idade da reforma
Em Portugal, o regime de Segurança Social é constituído pelo sistema de repartição, havendo países em que vigora o sistema de capitalização, não sendo mais fácil, para estes, garantir a sustentabilidade, devido ao progressivo envelhecimento da população.
No sistema de capitalização as pensões são pagas com os rendimentos do capital investido (proporção do vencimento) ao longo dos anos de vida activa.
O Sistema de Repartição em Portugal:
P=mW
Onde P é o valor total das reformas pagas,
m-é a taxa de tributação, a contribuição para a Caixa Geral de Aposentações a cargo da entidade patronal e do próprio trabalhador,
W-valor da massa salarial no total da economia.
O primeiro membro deverá ser maior que o segundo ou pelo menos igual.
Acrescentando à formula R e L.
Sendo R o número de reformados e L o número de pessoas da população activa, podemos escrever ambos os membros.
pR = mwL
p é o resultado de P/R, ou seja, a pensão media por reformado e w é o resultado do coeficiente W/L que se traduz no vencimento médio.
Dividindo, agora, os membros por L ficamos com:
p(R/L)=mw
Assim, fazendo a derivada:
Δp + Δ(R/L) = Δm + Δw
Onde Δ representa a variação.
Esta fórmula continua a exigir um equilíbrio entre os dois lados, isto é, a taxa de crescimento do salário médio (w) deve ser igual à soma das taxas de crescimento da pensão média com a taxa de R/L (o número de reformados por individuo activo). Propositadamente não falo no m, uma vez que m deverá permanecer constante, logo igual a 0.
Considerando a existência do fenómeno do envelhecimento da população e se não aumentar a idade de reforma tem-se que o tempo de vida em que um trabalhador estará reformado e recebendo uma pensão é agora, em média, bem maior do que há alguns anos atrás, quando a vida média era mais baixa do que a actual (cerca de 65-70 anos contra os actuais cerca de 75-80, o que significa uma “sobre-vida” após a reforma de cerca de mais 10 anos)
Sendo assim, a taxa de crescimento de R/L vai ser continuamente positiva, o mesmo será dizer que o número de contribuintes vai sendo relativamente inferior ao de pensionistas/reformados. Retomando o raciocínio da fórmula:
Δp <Δw
Em suma, no caso português, se a idade da reforma não aumentar de modo a aumentar o número contribuintes (L)/anos de contribuições e simultaneamente reduzir o número de pensionistas (R) e se mantenha constante (e alta) a taxa de contribuição para a segurança social (m), o crescimento da pensão média terá de ser inferior ao do salário médio.
As soluções podem ser: aumentar a idade da reforma e/ou um aumentar a contribuição para a segurança social. A primeira pode levar a atrasar o ritmo de inovação e reduzir a produtividade, enquanto a segunda torna o factor trabalho mais caro e, portanto menos competitivo.
Com todo o rigor cientifico, ao contrario deste Governo.
Fora do contexto económico, não vejo porque não aumentar a idade da reforma, se vivemos mais temos que trabalhar mais, e por outro lado também entramos para a população activa mais tarde. Mas infelizmente há dois casos: aqueles que descontaram muito, como o caso de muitos funcionários públicos bem pagos podem gozar a sua pensão com muitas viagens e burguesias, os outros nem vale a pena falar. Mas esses o eng. das promessas feitas assegurou que até ao fim da legislatura iam receber 300 euros por mês.
No sistema de capitalização as pensões são pagas com os rendimentos do capital investido (proporção do vencimento) ao longo dos anos de vida activa.
O Sistema de Repartição em Portugal:
P=mW
Onde P é o valor total das reformas pagas,
m-é a taxa de tributação, a contribuição para a Caixa Geral de Aposentações a cargo da entidade patronal e do próprio trabalhador,
W-valor da massa salarial no total da economia.
O primeiro membro deverá ser maior que o segundo ou pelo menos igual.
Acrescentando à formula R e L.
Sendo R o número de reformados e L o número de pessoas da população activa, podemos escrever ambos os membros.
pR = mwL
p é o resultado de P/R, ou seja, a pensão media por reformado e w é o resultado do coeficiente W/L que se traduz no vencimento médio.
Dividindo, agora, os membros por L ficamos com:
p(R/L)=mw
Assim, fazendo a derivada:
Δp + Δ(R/L) = Δm + Δw
Onde Δ representa a variação.
Esta fórmula continua a exigir um equilíbrio entre os dois lados, isto é, a taxa de crescimento do salário médio (w) deve ser igual à soma das taxas de crescimento da pensão média com a taxa de R/L (o número de reformados por individuo activo). Propositadamente não falo no m, uma vez que m deverá permanecer constante, logo igual a 0.
Considerando a existência do fenómeno do envelhecimento da população e se não aumentar a idade de reforma tem-se que o tempo de vida em que um trabalhador estará reformado e recebendo uma pensão é agora, em média, bem maior do que há alguns anos atrás, quando a vida média era mais baixa do que a actual (cerca de 65-70 anos contra os actuais cerca de 75-80, o que significa uma “sobre-vida” após a reforma de cerca de mais 10 anos)
Sendo assim, a taxa de crescimento de R/L vai ser continuamente positiva, o mesmo será dizer que o número de contribuintes vai sendo relativamente inferior ao de pensionistas/reformados. Retomando o raciocínio da fórmula:
Δp <Δw
Em suma, no caso português, se a idade da reforma não aumentar de modo a aumentar o número contribuintes (L)/anos de contribuições e simultaneamente reduzir o número de pensionistas (R) e se mantenha constante (e alta) a taxa de contribuição para a segurança social (m), o crescimento da pensão média terá de ser inferior ao do salário médio.
As soluções podem ser: aumentar a idade da reforma e/ou um aumentar a contribuição para a segurança social. A primeira pode levar a atrasar o ritmo de inovação e reduzir a produtividade, enquanto a segunda torna o factor trabalho mais caro e, portanto menos competitivo.
Com todo o rigor cientifico, ao contrario deste Governo.
Fora do contexto económico, não vejo porque não aumentar a idade da reforma, se vivemos mais temos que trabalhar mais, e por outro lado também entramos para a população activa mais tarde. Mas infelizmente há dois casos: aqueles que descontaram muito, como o caso de muitos funcionários públicos bem pagos podem gozar a sua pensão com muitas viagens e burguesias, os outros nem vale a pena falar. Mas esses o eng. das promessas feitas assegurou que até ao fim da legislatura iam receber 300 euros por mês.
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